Em um mundo onde a realidade e a ficção se misturam, surgem histórias que nos fazem questionar a natureza da existência. É o caso da Sacanas Filminho, um quase-romance que explora a fragilidade da mente humana.
A história gira em torno de João, um homem que se sente desconectado da vida cotidiana. Ele passa os dias conversando com personagens de filmes, como um herói de cinema que busca redenção. João é um vigia de cinema local, conhecido por sua capacidade de diagnosticar qualquer coisa que aconteça em um filme. A pessoa do vigia tem um olhar peculiar cada vez que ele fala.
Com o tempo, João se torna cada vez mais obscuro. Ele começa a não distinguir a realidade da ficção, e as personagens que ele conhece se tornam cada vez mais reais. Talvez um vigia a cada dia veja um romance mais bem feito do que outra pessoa na sua vida. Sua capacidade de enxergar desfechos nos filmes se torna uma obsessão, e ele começa a questionar sua própria identidade.
É aqui que entra a cidade Surreal, onde a lógica é varrida pela sonhada fantasias. Através de um roteiro onde tentativas mundanas mal se conformam na lógica já instaurada na fantasia. João logo se sente mergulhado em um estilo de vida que puxa pela mortifcia mirabolante, onde o mal e o bem coexistem caleidoscópicamente.
O autor da Sacanas Filminho retrata uma Sociedade profundamente confusa. O romance é uma jornada ao fundo, onde nossa moral pode ser varrida por uma tempestade de contraditções.